05/05/2001
Nova classificação de fundos: mais transparência para o
investidor
Por InvestShop.com
A partir de agora, vai
ficar ainda mais fácil escolher um fundo que seja exatamente a sua cara. A nova
classificação dos fundos de investimento, que a Associação Nacional dos Bancos
de Investimento (Anbid) acaba de lançar tem exatamente este objetivo. A divisão
em quatro categorias, subdivididas em oito classes e 22 subclasses, chega para
fazer com que o investidor já possa perceber de cara o terreno em que está
pisando. Assim, evita-se o risco de um investidor super conservador acabar
entrando num fundo super arriscado ou vice-versa.
De acordo com a Anbid, essa
nova classificação foi uma exigência natural da indústria de fundos, que vem
registrando um crescimento de cerca de 30% por ano nos últimos seis anos. O que
acontecia, muitas vezes, é que uma única categoria acabava ganhando tantas
nuances que o nome já não estava mais adequado. Este é o caso de vários fundos
de renda fixa, categoria que agora passa ter várias subclasses para que fique
mais explicíto para o investidor que tipo e grau de risco ele poderá ter.
Aqui no InvestShop.com
você encontrará 13 classes de fundos: ações Ibovespa ativo, balanceados,
referenciados em câmbio, referenciados em DI, multimercados com renda variável,
multimercados com renda variável e alavancagem, multimercados sem renda
variável, multimercados sem renda variável e com alavancagem, renda fixa, renda
fixa com alavancagem, renda fixa crédito e renda fixa multi-índices. Confira o
perfil de cada uma e escolha o seu!
1. Ações Ibovespa Ativo
– São fundos de
renda variável, cujo principal ativo são as ações negociadas na Bolsa de
Valores de São Paulo. Ao contrário dos fundos passivos, nos quais a carteira
deve acompanhar fielmente o Índice Bovespa, os fundos de ações ativos têm como
estratégia e meta superar o desempenho do índice.
2. Fundo Balanceados – Podem incluir na carteira vários
tipos de ativos como ações, câmbio ou renda fixa. O objetivo é buscar retorno
no longo prazo através de uma estratégia que promove o deslocamento da posição
em cada ativo no curto prazo. Nesta categoria não são permitidas, no entanto,
operações com alavancagem, ou seja, que coloquem em risco o patrimônio do fundo
e obriguem os cotistas a entrarem com novos recursos. Como combinam diversos
ativos, não podem ser comparados ou referenciados a um determinado benchmark
como CDI ou Ibovespa, por exemplo. Os gestores devem deixar claro o mix de
ativos com o qual os seus fundos vão trabalhar e os intervalos de alocação em
cada ativo também deve ser predefinido
3. Referenciado Câmbio –
O objetivo destes
fundos deve ser o de seguir o mais próximo possível as variações da moeda
norte-americana. Os referenciados em câmbio também estão sujeitos às oscilações
das taxas de juros brasileiras sobre o dólar.
4. Referenciado DI – Estes fundos devem seguir o mais
fielmente possível as variações da taxa Selic e do CDI, por isso não oferecem
risco de oscilação de taxa de juros. O investidor já sabe que seu investimento
vai seguir as oscilações determinadas pelo Banco Central.
5. Multimercados com
renda variável – Estes
fundos também podem ter na carteira os mais diversos ativos, como ações, câmbio
e renda fixa e devem buscar um retorno diferenciado no longo prazo. Nestes
fundos, não há uma indicação explícita do benchmark com o qual devem ser
comparados, mas, ao contrário dos balanceados, o gestor pode determinar que
eles sejam comparados a um único ativo como por exemplo o CDI. Nestes fundos,
não podem ser usadas estratégias de alavancagem, ou seja, não há risco de perda
de patrimônio que exija novo aporte de dinheiro por parte dos cotistas.
6. Multimercados Com
Renda Variável e Alavancagem – Estes fundos seguem o modelo anterior, mas podem utilizar
operações de alavancagem nos mercados futuros na sua estratégia, o que torna o
seu perfil de risco bem maior. A alavancagem é uma operação feita geralmente
nos mercados futuros de índices ou ações: é como se o gestor usasse um
patrimônio maior do que o disponível no fundo para fazer a operação. Exemplo:
Compra um contrato futuro de R$ 50 mil quando só tem disponível de fato R$ 30
mil. Se no vencimento do contrato ele valer mais do que R$ 50 mil o gestor sai
ganhando, mas se valer menos, será preciso entrar com capital adicional.
7. Multimercados Sem
Renda Variável – Podem
incluir na carteira várias classes de ativos como renda fixa e câmbio. A
principal diferença destes fundos para os balanceados é a de que eles não podem
incluir renda variável (ações) em sua carteira, o que pode diminuir seu perfil
de risco. Também não pode fazer operações alavancadas.
8. Multimercados Sem
Renda Variável com Alavancagem – Estes fundos podem ter na carteira diversos tipos de ativos que
não sejam de renda variável (ações etc), mas podem fazer operações alavancadas,
como, por exemplo, com contratos de câmbio e juros. Por isso, mesmo sem ter
ações na carteira, oferecem um grau de risco grande.
9. Renda Fixa – Devem ter na carteira ativos de
renda fixa, mas os gestores não poderão fazer operações que impliquem em risco
(seja de índices, câmbio ou outros). Nesta categoria estão incluídos os fundos
hoje conhecidos como renda fixa prefixados. Por suas características os fundo
de renda fixa apresentam perfil de risco bastante pequeno.
10 . Renda Fixa Com
Alavancagem - Também
só podem incluir ativos de renda fixa na carteira, mas ao contrário do renda
fixa tradicional, podem fazer operações que envolvam risco de índices de preço
ou risco de crédito. Operações com risco de oscilações de câmbio, no entanto,
estão excluídas, mas são permitidas estratégias com alavancagem do patrimônio,
o que aumenta bastante o grau de risco do fundo.
11. Renda Fixa
Multi-índices – A
única diferença desta categoria em relação à anterior é que nos renda fixa
multi-índices não são permitidas operações alavancadas, o que pode reduzir um
pouco o risco em relação aos renda fixa com alavancagem.
12. Renda Fixa Crédito –
Estes fundos podem
incluir na carteira ativos de renda fixa e podem tomar qualquer risco de
crédito, como por exemplo com títulos ou debêntures. Estes fundos, no
entanto, não podem usar estratégias com riscos de índices de preço, câmbio ou
ações. Também não é permitido o uso de operações com alavancagem.
12. Fundos de Investimento
no Exterior (Fiex) – A
carteira deste fundos é basicamente composta por títulos da dívida externa que
estão em responsabilidade do governo brasileiro.